Nicolás Maduro toma posse na Venezuela e se afasta ainda mais de ser um país democrático

Nicolás Maduro toma posse na Venezuela e se afasta ainda mais de ser um país democrático

Nicolás Maduro toma posse na Venezuela e se afasta ainda mais de ser um país democrático
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A posição do governo brasileiro em relação à posse do presidente Nicolás Maduro na Venezuela tem variado ao longo dos anos, dependendo da administração em exercício. Em governos mais recentes, especialmente durante a gestão de Jair Bolsonaro (2019-2022), o Brasil adotou uma postura crítica ao governo Maduro, considerando-o ilegítimo devido a denúncias de fraudes nas eleições presidenciais de 2018 e à repressão a opositores. Essa posição alinhou-se à de outros países do Grupo de Lima, que reconheciam Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, buscando pressionar por uma transição democrática no país.

Por outro lado, com a posse de Luiz Inácio Lula da Silva em 2023, o governo brasileiro adotou uma abordagem mais diplomática e pragmática em relação à Venezuela. Lula defendeu o respeito à soberania dos países e buscou reaproximar-se do governo Maduro, com o objetivo de fortalecer o diálogo regional e promover soluções pacíficas para a crise venezuelana. Maduro chegou a vir ao Brasil no dia 28 de maio de 2023 mesmo o ditador tendo prisão decretada nos Estados Unidos. Na posse do último dia 10, integrantes do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) participaram da posse do ditador Nicolás Maduro na Venezuela. 

Independentemente da administração, a relação do Brasil com a Venezuela é influenciada por questões estratégicas, como o comércio bilateral, a situação dos refugiados venezuelanos que entram no Brasil e a estabilidade política na América do Sul. O governo brasileiro, em suas diferentes gestões, tem buscado equilibrar suas posições políticas com a necessidade de lidar com os desafios práticos decorrentes da crise venezuelana, como o impacto humanitário e a segurança regional.